Nem só de análise de figurinos gringos vive este Blog. Neste post vamos falar da minissérie Se Eu Fechar os Olhos Agora com figurinos assinados pela figurinista super competente Karla Monteiro.

 Esse post vai ser bem diferente dos outros posts do blog. Primeiro porque vou falar em primeira pessoa - Alice Alves - e também porque a estrutura vai ser de entrevista, comigo fazendo as perguntas e a Karla respondendo.

 Primeiro gostaria de falar sobre a figurinista Karla Monteiro. Carioca, formada pelo Senai Cetiqt em 1990, com uma carreira de 24 anos no figurino, Karla é responsável por diversos figurinos, entre eles, "Deus é Brasileiro", novela "Cordel Encantado" que fez parceria com Marie Salles, "Brado Retumbante", "Terminadores", "Desafinados", só para citar alguns. 

Me acompanhe aqui para saber tudo sobre o maravilhoso trabalho de desenvolvimento dos figurinos desta minissérie.

 A minissérie em apenas 10 episódios Se Eu Fechar os Olhos Agora foi escrita por Ricardo Linhares, inspirada no livro homônimo de Edney Silvestre, com direção artística de Carlos Manga Jr.

 Racismo, intolerância e direito das mulheres serão alguns dos temas tratados na minissérie que estreará na Globo e na Globo Play. A obra está disponível, na íntegra, na plataforma de streaming NET Now desde 29 de agosto do ano passado. 

 As gravações aconteceram entre dezembro de 2017 a março de 2018.

 A história se passa em 1961 e começa mostrando dois garotos, Paulo (João Gabriel D'Aleluia) e Eduardo (Xande Valois), encontrando, na beira do rio, o corpo da jovem Anita (Thainá Duarte). A partir daí, um emaranhado de acontecimentos vai se desenrolar, descortinando um jogo de interesses de uma sociedade que vive de aparências, é reprimida e repressora, com seus preconceitos e querendo mostrar o que não é. Conforme os meninos vão investigando o caso, acabam envolvidos em um jogo político e social, mexendo com os poderosos locais.

 Mas vamos diretamente ao que interessa? Saber TUDO sobre esse figurino.

 Como aqui no Brasil a gente tem pouquíssimos cursos ligados à figurino, esse post é uma lição. Perguntei tudo que queria e a Karla respondeu com o máximo de informações possíveis e isso deixou essa entrevista riquíssima em detalhes e, quem trabalha com figurino sabe que detalhes contam, e contam muito! Portanto: delicie-se!

Alice: qual foi o tempo de pré-produção?

Karla: foram 2 meses e meio de pré-produção.

Alice: quantas pessoas na equipe e respectivos cargos

Karla: 3 assistentes de figurino e 6 camareiros para atender a pré-produção e gravações.

Alice: super importante 1 - suas inspirações, como você fez a pesquisa?

Karla: comecei com o livro para sentir o clima da série, ler uma história tão bem escrita antes de  mergulhar no texto da minissérie fez toda a diferença para mim . A adaptação para a TV tem várias diferenças mas o clima intimista estava ali no texto da minissérie e na minha energia para início da pesquisa. Eu SEMPRE começo pelo mundo real, por fotos de pessoas, por revistas e se possível álbuns de famílias.

  A minha busca inicial é achar o que eu chamo de “alma” do personagem. A Isabel ( Debora Falabella), por exemplo, se achava acima do bem e do mal , uma pessoa que se acha “melhor” do que as outras, que é aonde esta embutido o seu racismo e preconceito, por isso a busca por figurino impecável e um “upper class” óbvio entre os outros todos.  A Adalgisa (Mariana Ximenes) é a boneca de luxo do marido, não nasceu naquela cidade, veio de Copacabana, tinha que ser mais moderna, uma mulher “UAU, que mulher é essa ?", sempre preocupada em aparecer na multidão, por isso a escolha de uma paleta com cores mais fortes.

 Nessa primeira pesquisa em revistas achei uma preferida, uma Revista Cruzeiro de abril de 1960 da inauguração de Brasília, uma cidade em construção, com um ar meio de mentira, com políticos poderosos,  como era a nossa São Miguel da ficção. Nessa revista achei as alminhas e as formas do final dos anos 50. Em 1961 as formas que conhecemos dos 60’s  nem apontavam em existir por aqui, ainda mais em uma cidade do interior.

 Depois das revistas passamos aos livros de moda, livros de fotografia e a nossa “bíblia” maravilhosa que foi o livro da série MAD MEN com o figurino superbem desenhado de Janie Bryant.

 

Alice: o que foi mais difícil?

Karla: a falta de tempo foi um terror. Apesar de 2 meses e meio parecer ser o suficiente, a Tv tem mais burocracias do que o cinema, e uma regra sobre a disponibilidade dos atores para a primeira conversa, mostrar as pranchas e tirar medidas, que me deu um susto. Entre a primeira viagem para Catas Altas (MG), cidade/ locação e esse primeiro encontro eu tive menos de 20 dias.

 Com o cronograma inicial da viagem nós não precisaríamos de todo o figurino pronto mas acredito em cronograma de filmagem/gravação tanto quanto acredito em Papai Noel e coelhinho da Páscoa. Viajamos com quase tudo pronto e uma assistente ficou no Rio terminando o que faltava para mandar para a locação.O baile, do capítulo 8, tinha uma previsão de ser gravado em março e passou para a primeira semana de janeiro... Terror e pânico me definem nesse momento. Eu estava em uma cidade pequena, com uma internet ruim e já gravando (as vezes longe da cidade e sem internet). Os tecidos já estavam comprados e eu tinha uma idéia de cada vestido mas longe de ter o desenho pronto. A dinâmica era acordar 2 horas antes da gravação, desenhar, mandar para assistente que estava no Rio e acompanhar o passo-a-passo dos problemas e bordados a cada meia internet encontrada, ou a noite quando chegava na pousada. Chegamos no Rio perto dos feriados de fim de ano e NINGUÉM fez prova de roupa desse evento. O vestido vermelho maravilhoso da Adalgisa (Mariana Ximenez) ficou super hiper justo, fizemos um truque a mão com um drapeado nas costas, o vestido da Isabel (Debora Falabella), que eu tinha cismado com um tipo de bordado feito a máquina com linha de seda e que deu um trabalho danado, arrebentou o zíper, o vestido de cinderela da Cecilia (Marcela Fetter) ficou muito comprido, enfim, eu precisava de prova de roupa desses figurinos tão especiais mas... Nada disso imprime e quem assiste não vê nada do nosso terror e pânico.

Alice: quais foram os tipos de produção: brechós, costura, etc.

Karla: basicamente 70% costura, produção em brechós no Rio e em São Paulo e produção em lojas contemporâneas para misturar.

Alice: tinha orçamento bom? A gente sabe que nunca o orçamento é suficiente, então como voce driblou a falta dele.

Karla: eu tive um orçamento adequado à encomenda de glamour da série. Fora a mudança de data do baile que gerou uma certa taxa de urgência, de resto tivemos uma verba super ok.

 

Alice:  estrutura e logística – caminhão, locações, etc

Karla: fomos nas 2 viagens ( Catas Altas e Santa Barbara - ambas em MG) com um caminhão gigante com mais menos 20 araras grandes para a figuração e mais 20 para elenco.

 Em Catas Altas, o figurino da figuração ficou armazenada em um galpão grande, e lá mesmo a gente vestia. O figurino do elenco ficou em um espaço que a prefeitura cedeu, mais perto da praça, que era o nosso principal cenário.

 Em Santa Bárbara tivemos disponível um espaço no porão do museu Afonso Pena para armazenamento e saíamos com uma Van grande e araras desmontáveis para as locações.

 A TV Globo não usa o esquema de ter um caminhão /guarda roupa como usamos no cinema, o esquema é descarregar tudo em um lugar de apoio às locações. Ou aqui no Rio, a TV usa muito um ônibus camarim onde o figurino  fica junto com a maquiagem.

Alice: dia-a-dia com os atores - conta um fato de bastidores com algum ator que te marcou  (você já deu um spoiler sobre o vestido vermelho da Mariana)

Karla: fora o vestido vermelho que já comentamos por aqui eu tive a saga do sobretudo do Ubiratan (Antonio Fagundes). Primeiro o tecido sumiu, se misturou com o tecido de outras produções na costura, achamos no mesmo dia mas foi só o primeiro susto. Depois de pronto eu achei a cor muito escura, estava com muita cara de novo, sei lá ... impliquei. Já estávamos em Catas Altas, o Fagundes provou sem o tingimento e saiu de férias, depois ia direto para Minas, colocamos para ferver na tina de envelhecimento. Encolheu uns muitos centímetros... Medo. Entre tingir outro tecido, colocar na costura, fazer o sobretudo novo chegar em Catas Altas  e o primeiro dia de gravação do Fagundes tivemos 3 dias. Detalhe da localização, Catas Altas é a 3 horas de carro de Belo Horizonte e a 6 horas de carro saindo do Rio. E a minissérie estava gravando no Santuário do Caraça a mais menos 40 minutos de Catas Altas e não pega nem o celular nem a internet ... Deu tudo certo, ficou ótimo (eu acho), o Fagundes sofreu um pouco porque era meio pesado e quente para gravar no verão mas ... São “ossos do ofício” que fala, não é?

Alice:  fala um pouco de cada um dos personagens 

Karla: vou tentar falar um pouquinho sobre o  processo  do figurino de cada um deles.

 Anita (Thiana Duarte) foi um desafio, achar cores que clareassem a pele dela como estava escrito - uma negra que se veste de branca. Difícil falar isso mas a série fala sobre preconceito, um mau que estava arraigado na cultura da época. Adoraria dizer que foi com muito estudo e várias provas de roupa mas... Foi intuição e uma única prova, bem longa. Fomos para os beges e dourados e um vestido vermelho de bolinhas brancas que eu não resisti, mesmo não sendo da paleta dela, e eu sou muito, muito mas muito chata com as cores de cada um.

Os meninos Paulo (João Gabriel D'Aleluia) e Eduardo ( Xande Valois) o pobre e o quase rico. O que não tem mãe, e o que tem.  O orfão de mãe, com as camisetas listradas, a calça jeans e um tênis velho. O que tem mãe, com as calças e camisas feitas na costureira e o tênis limpinho. E uma sutileza para dar personalidade no uniforme de cada um porque eles ficam MUITAS cenas com eles, um de camisa manchada de caneta e  para fora da calça e o outro com a camisa para dentro todo certinho e limpinho.

Ubiratan (Antonio Fagundes) com quase uma roupa única, um viajante com uma mala pequena e um figurino que vai se descascando mas com pouquíssima variação e por cima o sobretudo. O Manguinha (diretor) me mostrou uma foto de um filme grego “ Eternity and a Day “ que foi a inspiração direta para a forma dele.

 Adriano (Murilo Benicio) nasceu de uma mistura de Michael Corleone (Al Pacino)  do filme O Poderoso Chefão com Don Draper (Jon Hamm) e seus ternos impecáveis. Adoro a frase “Never let anyone know what you are thinking” que o Corleone fala e define o Adriano para mim. A inspiração na máfia para um político é meio óbvia mas ...

 Isabel (Débora Falabella) a primeira dama, uma hipócrita, religiosa e mentirosa. Clássica e correta no vestir. Eu amo cada um dos seus figurinos. Foi tão orgânica e fácil a criação que eu não fiz nem opção. Tudo feito na costura com exceção de uma camisola de brechó e um robe da Zara. Eu tinha ido para um caminho de formas mais justas, mas a Debora deu a dica de um outro trabalho que ela e o Murilo tinham feitos juntos e a personagem dela usava muita saia lápis e mudamos para as saias rodadas. Ficou muito mais bonito e as anáguas aparecendo quando ela caminha me emocionam muito!

 Cecilia (Marcela Fetter) a filha do prefeito, princesa de Mônaco, princesa em 50 tons de azul. Ela tem as angústias dela mas pouco se vê isso no figurino. Pensado em como se vestiria alguém que a mãe escolhe as roupas para o pai aprovar a decência.

 Edson (Gabriel Falcão) o namorado dos sonhos dos pais, o homem certinho rico e gentil. Nosso Kennedy, com sua suéter de gola V inseparável. Apelidamos o Gabriel de o homem gripado mas era muito difícil montar as trocas de roupa sem a tal suéter, parecia que não “vinha” o personagem.

 Vera Lucia (Julia Svacinna) a filha mais nova do prefeito, irmã de Cecília e melhor amiga dos meninos. Seu figurino é em tons de rosa e com pequenos bordados. Outra com roupa de boneca, com cara de roupa feita à mão e escolhida pela mãe.

 Geraldo (Gabriel Braga Nunes) a pesquisa dele foi toda feita em cima de homens da sociedade carioca da época. Um rico meio desleixado, com muitos problemas... Entre tirar medidas, gravar as externas e entrarmos no cenário dele, foram quase 3 meses de diferença e ele emagreceu muito. O que parecia ruim porque a roupa ficou mais larga, na verdade deu mais vida ao personagem.

 Adalgisa (Mariana Ximenez) ex-miss, casou com o homem mais rico da cidade. O marido a chama de “troféu”. O figurino tem que ser esse troféu. Um certo exagero. A única da minissérie a usar calças, a boneca colorida. A cada troca de roupa um evento, uma busca pelo UAU. Uma delícia brincar de boneca com a Mari.

 Rosangela e Rodolfo (Martha Nowiil e Leonardo Machado) os pais de Eduardo, a mãe dona de casa e o que pai trabalha na fábrica de Geraldo. Os únicos bons da cidade. A família comercial de margarina. Com cores coordenadas, bordadinho de linha feito a mão nos vestidos dela e uma roupa de catálogo da Sears para ele.

Renato (Enzo Romani) o negro bad boy, com sua jaqueta de couro, calça de alfaiataria e camisa polo, tudo MUITO diferente da prancha, mas figurino nasce mesmo é na prova de roupa. Tem a energia do ator, tem o “ conhecer” o corpo de quem veste as nossas idéias e aí sim o resultado final.

Joel (Paulo Rocha) o pai do Paulo, violento, preconceituoso, açougueiro e capanga do prefeito. Sabe quando uma prova de roupa é mágica e você sente um arrepio vendo o personagem nascer? Fico arrepiada só de lembrar! Quando o Paulo vestiu a roupa e mudou a postura. MAGIA pura. E a gente junto pensado em como enfeiar, como tirar aquela beleza toda dele e Paulo teve a ideia e a coragem de raspar a copa do cabelo, mais lindo ainda!

Leticia (Lana Rodhes) professora de tênis e homossexual assumida. Uma mulher modernérrima para aquela época, chega no baile de smoking como foi citado no texto (inspirado  em Greta Garbo no filme Marrocos de 1930). Uma pena não ter muita troca de roupa para ela. Adoraria desenvolver mais esse figurino.

E o clero Irmã Maria Rosa (Lidi Lisboa), a freira que é a filha “torta” de Ubiratan, e me emocionou na prova de roupa se emocionando com a história da personagem. 

 Dom Tadeu (Jonas Bloch) o bispo mau caráter e cupincha do prefeito, que me agradeceu muito pela qualidade do tecido da batina, que fez toda a diferença nas caminhadas pela cidade. 

Padre Basilio (Marcos Breda)  o padre da cidade e Ubiratan “rouba” a sua batina para uma investigação e a alegria de ler um texto onde o autor   já descreve que a batina não cabe direito.

Figuração: um super agradecimento  as pessoas de Catas Altas que nunca tinham feito figuração e foram sensacionais, deixaram a gente montar personagens, assumiram esses papéis como se fossem atores de verdade e estavam lá com a gente todos os dias. Foi incrível. A gente fez uma prova de roupa de mais ou menos 70 pessoas antes de começarem as gravações e montou os  looks de todos, já prevendo as situações das gravações. Um mini guarda roupa para cada um. Esse é um ideal para a vida e dificilmente temos esse tempo, foi lindo mesmo.

Alice: qual foi a maior lição deste trabalho?

Karla: acho que todo o processo desse trabalho que eu tenho tanto orgulho foi muito prazeroso mas o que mais marcou foi o ballet da equipe.

 Me fez constatar o quanto é importante o entendimento entre as equipes. O figurino é parte de um todo, um serviço à dramaturgia, um elemento dentro do conjunto, e esse conjunto era muito especial. A fotografia do Andre Faccioli, o cenário da Anne Bourgeios, a arte do Moa Batsow, a assertividade e gentileza da direção do Carlos Manga Jr., do Andre Camara e do Joaquim Carneiro, foram incriveis. Isso citando só os cabeças, como se diz, mas todos nós dos bastidores eram de uma competência e felicidade que dava gosto de ver, e fazer,  foi sensacional. 

 E a minha equipe, as assistentes: Bruna Sperle, Rosina Lobosco, Marcela Poloni e Poliana Braga, os camareiros, a costura e as bordadeiras, eu só tenho muito o que agradecer!  Pela dedicação e competência, porque o trabalho foi uma delícia de fazer mas era BASTANTE trabalho.

Alice: o que foi mais gostoso de fazer neste trabalho?

Karla: eu amei fazer a série, fica difícil de dizer o que foi mais prazerozo, mas colocando em ordem cronológica, o convívio com o diretor, Carlos Manga Jr., suas referências, seu jeito de falar sobre o texto e sobre as suas decupagens de cena, foi de dar da água na boca para um trabalho muito bem feito. Através dele veio a encomenda do glamour para embalar a sordidez da história, e glamour é bom de fazer, não é ?

 Ter disponível a estrutura da TV Globo, com aquela equipe de costura maravilhosa, me deu liberdade para criar! Como já falei,  de todo o figurino, 70% foi desenhado por mim e confeccionado lá. Foi lindo!

 E por último, a equipe deliciosa, fazendo acontecer o dia a dia com um sorriso no rosto.

 Isso tudo junto faz toda a diferença.

Alice: relação com o diretor Manguinha

Karla: a melhor possível, um diretor sensível, educado e charmoso para as definições de conceito  e o mesmo no dia-a-dia das gravações.

Alice:  usou algum produto da Figurino Shop?

Karla: Topstick e o material de envelhecimento

 Dessa entrevista dá pra tirar várias lições importantes para quem trabalha com figurino.

Por exemplo: figurino de décadas passadas dá uma trabalheira danada, porque não temos muitas peças prontas para aluguel aqui no Brasil, além disso em décadas passadas as pessoas mandavam fazer suas roupas com costureira mais do que compravam prontas, e a roupa sob medida veste melhor.

A importância da prova de roupa tanto para o figurinista quanto para o ator

Karla falou nos desenhos e é o que eu sempre falo: para ser figurinista é imprescindível saber desenhar,

A delícia de trabalhar com uma equipe e um diretor generoso.

Muitas vezes o planejado não é executado por falta de tempo.

A importância da figuração.

E eu queria saber, o que voce aprendeu com essa entrevista? 

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